Reformar uma casa, quitar uma dívida, casar… essas são situações que exigem um grande gasto e nem sempre a pessoa tem a disponibilidade de dinheiro para tal. Com isso em mente, é possível recorrer a empréstimos e financiamentos para realizá-los.
No caso dos empréstimos, uma modalidade vem ganhando força no Brasil: o empréstimo com garantia de imóvel. Como grande atrativo, ele tem juros consideravelmente mais baixos e prazos longos. Neste artigo, vamos explicar sobre essa modalidade financeira, prós e contras e tudo o que se precisa para obter esse empréstimo.
O empréstimo com garantia de imóvel é uma modalidade de crédito que permite solicitar quantias elevadas, com prazos longos de pagamento e taxas de juros baixas, por conta do imóvel que é dado como garantia de pagamento.
Esse tipo de empréstimo é muito utilizado quando se necessita de altos valores, comumente utilizados para negociar dívidas altas, investimentos em abertura de novos negócios ou realização de projetos pessoais, como estudar fora e casar, por exemplo.
Em linhas gerais, essa modalidade de empréstimo tem ganhado força no país justamente pela taxas de juros muito mais baixa do que as outras. Isso acontece por conta do imóvel que é dado como garantia. Isso sinaliza a instituição que há um baixo risco de inadimplência, já que o cliente pode perder o imóvel, caso não cumpra sua parte do contrato.
Portanto, é pré-requisito necessário a posse de um imóvel, residencial ou comercial, registrado no nome de quem solicita e assinará o contrato do empréstimo
Ao longo do período do empréstimo, a operação deve ser ser registrada em cartório, mas o bem continua em nome do proprietário, que pode usufruir do imóvel como bem entender, seja para residir ou alugar. Em termos técnicos, o bem fica alienada à instituição financeira até o final do contrato.
Para solicitar esse tipo de crédito, é necessário percorrer algumas etapas. Antes de tudo é preciso escolher a instituição financeira a qual se pretende solicitar. É importante verificar a idoneidade da instituição, taxas de juros de cada uma e prazos de pagamento para tomar essa decisão.
Escolhida a instituição, a primeira etapa é realizar uma simulação do empréstimo. Isso pode ser feito via internet, telefone ou pessoalmente na instituição financeira. Para isso, o solicitante precisará fornecer alguns dados básicos, mas nessa etapa, sem a apresentação de documentação.
A segunda etapa do processo é uma análise de crédito. Nesta etapa, a instituição avalia as condições financeiras do solicitante, para verificar se será possível arcar com as parcelas e também a quantia solicitada. Aqui, caso a instituição verifique que uma das exigências não será cumprida, o pedido de empréstimo pode ser negado.
Nessa etapa, o solicitante deve entregar uma série de documentos pessoais e também do imóvel que será dado como garantia para a obtenção do crédito. Eles serão devidamente verificados e, estando em dia, o solicitante fica apto a receber o empréstimo.
Os documentos pessoais a ser apresentado são:
No caso do imóvel, os documentos a serem apresentados são os seguintes:
É importante ressaltar que todas as certidões e documentos devem estar atualizadas. Por isso, o solicitante deve consultar a lista de documentos a serem entregues para providenciá-los e esse não se tornar um motivo para atraso no pedido.
Vencidas todas as etapas e com tudo aprovado, é liberado o documento de formalização do empréstimo para a assinatura, chamado CCB (Cédula de Crédito Bancário), que deve ser cadastrado no Cartório de Registro de Imóveis e o contrato deve ser entregue ao banco.
Apesar de terem algumas semelhanças, um empréstimo com garantia de imóvel e uma hipoteca não são a mesma coisa. Então vamos entender as diferenças.
O empréstimo com garantia de imóvel também é chamado de alienação fiduciária e refinanciamento. Nesse modelo de crédito, o imóvel passa a ser da instituição financeira pelo tempo de duração de contrato, o que garante uma segurança a instituição no caso de inadimplência.
A hipoteca também exige um imóvel como garantia, porém há mais burocracia em seu processo de obtenção. Além disso, existem muitas barreiras legais que tornam a operação ineficiente. Outro ponto importante é que na hipoteca, não há uma transmissão temporária da posse do bem, dificultando a instituição a ter a posse do bem em caso de inadimplência.
Após o empréstimo, o proprietário do imóvel segue utilizando-o da forma que melhor entender, seja para uso comercial, residencial ou até mesmo locação a terceiros.
Mas é importante ressaltar que, em caso de inadimplência, o banco fica com o imóvel, já que ele foi a garantia para a obtenção do crédito.